EX-MACHINA: A RELAÇÃO CRIADOR-CRIATURA E A CONSTRUÇÃO DA FEMBOT

Autores

  • Laura Carneiro dos Santos Universidade Federal do Paraná
  • Leticia Pilger da Silva Universidade Federal do Paraná

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar o filme Ex-machina: instinto artificial (2015), do diretor e roteirista Alex Garland, a partir das relações criador-criatura, humano-máquina e homem-mulher encontradas entre as personagens. A partir da análise fílmica, é possível depreender que o conflito central da narrativa é essa relação conflituosa entre as personagens. Para auxiliar a investigação dessas relações, será realizada uma leitura intermidiática com o romance Frankenstein ou o Prometeu moderno (2015), de Mary Shelley, acerca da construção dos criadores e das criaturas das duas obras; pretende-se também analisar a construção da figura da andróide feminina, chamada Fembot, e sua relação com a construção social da imagem estereotipada da mulher ocidental.

 

DOI: 10.18304/1984-6614/scripta.alumni.n16p99-115

 

Referências

AWAD, K. If you think ‘Ex Machina’ is about Ava’s humanity, you didn’t pay attention. Disponível em: <http://www.hypable.com/ex-machina-ava-pass-test/>. Acesso em: 30 jun. 2016.

BUCHANAN, K. Does Ex Machina have a woman problem, or is its take on gender truly futuristic?. Disponível em: <http://www.vulture.com/2015/04/why-ex-machina-take-on-gender-is-so-advanced.html>. Acesso em: 4 jun. 2016.

BLOOM, H. An excerpt from a study of Frankenstein: or, the New Prometheus. Partisan Review, v. 32, n. 4, New York, 1965, p. 611-618.

CANTOR, P. A. The nightmare of Romantic idealism. In:_____. Creature and Creator: Myth-Making and English Romanticism. Cambridge/Nova York: Cambridge University Press, 1984, p. 103-132.

EX-MACHINA: instinto artificial. Direção de Alex Garland. RU: Andrew Macdonald e Allon Reich; Universal Pictures International, 2015. 1 DVD (108 min).

GOETHE, J. Antologia. Tradução, notas e comentários de Paulo Quintela. Coimbra: Centelha, 1979.

HESÍODO. Os trabalhos e os dias. Tradução de Mary de Camargo Neves Lafer. São Paulo: Iluminuras, 2002.

_____. Teogonia: a origem dos deuses. Tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1995.

HITCHCOCK, S. Frankenstein: as muitas faces de um monstro. São Paulo: Larousse do Brasil, 2010.

JACKSON, F. What Mary didn’t know. The Journal of Philosophy. v. 83, n. 5, mai. 1986, p. 291-295.

PENNA, J. C. Ficção Científica (da condição inumana). In: NOVAES, A. (Org.). Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 185-216.

ROCQUE, L.; TEIXEIRA, L. Frankenstein, de Mary Shelley, e Drácula, de Bram Stoker: gênero e ciência na literatura. História, Ciências, Saúde, v. 8, n.1, Manguinhos, mar.-jun. 2001, p. 11-34.

SENNET, R. O artífice. Rio de Janeiro: Record, 2009.

SHELLEY, M. Frankenstein ou o Prometeu moderno. Tradução de Christian Schwartz. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2015.

SUJI, L. From fear of the other and the “new exotic lover” to posthuman love: the representation of female gendered intelligent machines in “Do androids dream of electric sheep?”, “Galatea 2.2”, “Ex Machina” and “Her”. 2015. 49 f. Dissertação (Mestrado em Literatura) – Faculty of Humanities, Utrecht University, Utrecht, 2015.

VELMET, A.; JONSSON, M. Feminus Ex Machina. Disponível em: <https://lareviewofbooks.org/article/feminus-ex-machina/>. Acesso em: 4 jun. 2016.

WATERCUTTER, A. Ex Machina has a serious fembot problem. Wired. Disponível em: <://www.wired.com/2015/04/ex-machina-turing-bechdel-test/>. Acesso em: 4 jun. 2016.

Downloads

Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Arte e sociedade no novo século